
Major Araújo
PARTIDO/Nº: PSL/17
COLIGAÇÃO: Chapa pura
CARGO: Deputado estadual
VICE: Rose Castelo (PSL)
VICE: Rose Castelo (PSL)
IDADE: 54 ANOS
ONDE NASCEU: Goiânia - GO
FORMAÇÃO: Direito
OCUPAÇÃO: Major da Polícia Militar (reserva)
BIOGRAFIA
Ingressou na Polícia Militar do Estado de Goiás em 1987, aos 20 anos. Foi eleito presidente da Associação dos Oficiais da PM e Bombeiros Militares de Goiás em 2004 e reeleito por mais 2 mandatos em 2006 e 2008. Suplente, foi empossado no cargo de vereador por Goiânia em 2009. O candidato foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 2010 e reeleito nos anos de 2014 e 2018.
EVOLUÇÃO DO PATRIMÔNIO
R$ 705.000,00
ENTREVISTA
FANTASMAS
Uma das propostas de Major Araújo diz respeito a enxugar a máquina pública a fim de deixar na estrutura “somente os cargos necessários para um bom atendimento público.” Indagado se levantou a quantidade de servidores existentes atualmente e se sabe quantos poderão ser cortados, o candidato relata não ter “um levantamento preciso a respeito de quantos cargos existem na administração municipal.” Relata, entretanto, ter “um levantamento de cargos que são desnecessários, cargos comissionados e até cargo fantasma.”
Sem apresentar provas, o candidato afirma ter recebido denúncias por parte de servidores efetivos de que há pessoas “que vão à Comurg bater ponto e vão embora.” Vi tudo isso acontecendo e assisto estarrecido. Nós queremos eliminar isso.”
Questionado do porquê não denunciou isso antes do período eleitoral, já que diz saber de casos de servidores fantasmas, ele afirma fazer “denúncias diversas” da tribuna da Assembleia Legislativa. “Evidentemente não me foram apontados nomes. Se tivesse, com certeza, teria me aprofundado e denunciado ao Ministério Público, mas não tinha elementos e tenho sobrecarga de trabalho. Já fiscalizo muito o governo estadual.”
ENXUGAMENTO
O candidato também diz que pretende “eliminar” os servidores temporários. “Professor temporário não garante a efetividade da educação. O que queremos é substituir esses servidores temporários, visto que são algo que deveria existir apenas a uma questão emergencial e acabou se tornando uma política efetiva e ruim.”
O mesmo, segundo ele, deve ocorrer também com os servidores comissionados. “Vamos substituir os comissionados por efetivos. Aqueles (cargos) que necessitarem; os que não forem, eliminar. A lei determina que cargos comissionados devem ser apenas os de chefia, liderança etc. e não os cargos de execução.”
Para o candidato, o que não deve ser feito é economizar “dinheiro com educação e saúde” e cita o caso das organizações sociais. “Não gosto do sistema de organizações sociais e o próprio o POPULAR mostrou que há terceirização da terceirização, o que encarece mais ainda o serviço público.”
Reportagem recente revelou que o Ministério Público do Trabalho em Goiás (MPT-GO) entrou com uma ação civil pública para frear o processo de quarteirização dos serviços do Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), unidade de saúde estadual que é administrada pela organização social (OS) Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS) desde dezembro de 2019. Apenas neste ano, a OS contratou outras empresas e prestadores de serviços para a execução de serviços como de limpeza, serviços médicos, operacionalização de exames, gestão da urgência e emergência da rede hospitalar.
SEGURANÇA
Em seu plano de governo, Major Araújo propõe a criação de uma Secretaria de Inteligência. Em entrevista, porém, ele afirma que não se trata exatamente de uma nova secretaria, mas de um “departamento autônomo.” “Para ter autonomia não precisa ser exatamente uma secretaria. Só não quero vincular esse serviço de inteligência a um órgão, por exemplo, à Guarda (Civil) Municipal.”
De acordo com o candidato, esse departamento de inteligência “vai atuar bastante no serviço de segurança”, mas sem vinculações. “Fiz curso na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e entendo de inteligência. Mas não quero fazer como faz a PM, que elenca lá da tropa um agente e coloca na inteligência. Agente de inteligência é secretíssimo. Até a função dele no Portal da Transparência aparece diferente.”
O departamento, explica ele, deve funcionar em todas as áreas. “A inteligência é necessária na saúde, na educação e, principalmente, na segurança. E teremos esse serviço para promover uma administração mais eficiente.”
Além disso, o candidato conta ter a intenção de criar um fundo municipal para a segurança – proposta que deve aplicar também na saúde e na educação. “Segurança é onerosa. Nós queremos aproveitar as câmeras que hoje promovem a indústria da multa e levar para os bairros mais periféricos, que têm vulnerabilidade em relação à segurança. O fundo vai ajudar a promover isso. Quero monitorar bem.”
TEMPERAMENTO
Major Araújo já se envolveu em algumas polêmicas ao longo dos anos devido a seu temperamento considerado explosivo. Em 2015, durante discussão na Assembleia Legislativa com o deputado Talles Barreto (PSDB), o parlamentar arremessou um tablet em direção ao colega de Casa. Mais recentemente, em 16 de setembro, proferiu ofensas ao governador Ronaldo Caiado (DEM) em cima de um carro de som, em frente ao Palácio das Esmeraldas, durante protesto de entidades de policiais e bombeiros militares.
Sobre isso, o candidato diz que “não é morno.” “Eu tenho lado. Quem não estiver ao lado da sociedade vai enfrentar minha oposição sempre. Quando se fala que meu comportamento é explosivo, é porque minha tolerância é zero com casos de corrupção, de rolo, de conchavos e que prejudicam a sociedade.”
Ele relata ainda que seus xingamentos contra Caiado se deram porque o governador o teria ofendido durante reunião com as entidades que representam os policiais dois dias antes. “E ele me desqualificou para as entidades e me xingou também, mas fez isso em quatro paredes. Eu faço isso em público.”
O candidato ressalta ainda que terá “tolerância zero” com as empresas de ônibus. “Nós temos um projeto para amenizar o problema de imediato e para resolver trazendo o metrô. Eu vou romper com essas empresas. Se tiver que ter um comportamento explosivo para romper com elas, eu vou ter também. Acho que a sociedade está esperando isso. Estou no terceiro mandato (como deputado) justamente por causa desse comportamento que vocês chamam de explosivo, mas que eu chamo de autenticidade.”
“Não me alio com malandro”, continua Major Araújo. “Eu posso até eleger malandro porque ele faz promessas. Mas quando descubro que ele foi por um caminho que não deveria ir, eu rompo mesmo e passo a criticar.” O deputado já foi aliado do ex-governador Marconi Perillo (PSDB), do prefeito Iris Rezende (MDB) – de quem foi eleito vice-prefeito em 2016 – e de Caiado. Rompeu com todos.
Questionado sobre como será sua relação com Caiado, caso eleito prefeito, ele relata que será uma “relação institucional.” “Não preciso fazer igual ao (senador) Vanderlan (Cardoso, do PSD), que fez uma aliança prevendo que o governador vai apoiá-lo agora e ele vai apoiar o governador (em 2022) sem saber se o governo vai ter êxito. Até agora não teve. Está passando em branco em termos de infraestrutura, segurança, educação, saúde.”
Afirma também que para conversar, não “precisa ir lá beijar a mão do governador.” “E nem ele a minha. É claro que teremos um diálogo institucional. Eu respeito a autoridade. Será uma relação institucional com o Estado e não com a pessoa do governador. Ele representa o governo de Goiás e eu (caso eleito) represento o governo municipal.”
FINANCIAMENTO
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), declarados pelo próprio candidato, Major Araújo tem até o momento R$ 100 mil de receitas de campanha, montante que foi doado por ele mesmo. Perguntado se pretende recuperar os recursos, dada a quantidade de dinheiro, o candidato nega e ressalta que não “é muito dinheiro.”
Para ele, a quantia é o suficiente para pagar as despesas mais urgentes da campanha, como advogado e computador. “E um carro de som para eu ter contato com o eleitor. É só isso. O fundo partidário demorou e, já que me propus a ser candidato, não posso deixar de fazer campanha porque o fundo não me permitiu. E, para um deputado, isso não é muito. Deputado ganha muito bem e sou aposentado da PM. Isso não pesa no meu bolso.”
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