Elias Vaz

Elias Vaz

PARTIDO/Nº: PSB/40
COLIGAÇÃO: PDT / REDE / PSB 
CARGO: Deputado federal
VICE: : Genival Naves (PDT)
IDADE: 54ANOS
ONDE NASCEU: Goiânia - GO
FORMAÇÃO: Direito e técnico em eletromecânica
OCUPAÇÃO: Deputado federal e presidente do PSB em Goiás

BIOGRAFIA


Começou a militância política aos 16 anos no movimento estudantil. Foi vereador na capital por 18 anos. Integrou as CEIs da SMT e da Saúde, foi relator do Plano Diretor em vigor atualmente e autor do projeto que acabou com o voto secreto na Câmara de Goiânia. Em 2018, Elias foi eleito deputado federal pelo PSB. É primeiro vice-líder da bancada do partido na Câmara Federal pelo segundo ano consecutivo.

EVOLUÇÃO DO PATRIMÔNIO


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ENTREVISTA


Com um discurso de “bate e assopra” em relação ao prefeito Iris Rezende (MDB), o deputado federal Elias Vaz (PSB) apoia suas propostas para suceder o emedebista no que chama de “gestão criativa” e aponta para ações conectadas entre áreas prioritárias. Em sabatina do POPULAR, o candidato fala também sobre saúde, retomada da economia pós-pandemia e alfineta adversários.

PLANO DE GOVERNO

Elias tem como uma das bases de seu plano de governo a “gestão criativa”, que é classificada por ele como um “conceito que traz para a gestão pública uma forma de organização da sociedade.” Questionado sobre qual a aplicação prática disso, o candidato cita como exemplo um projeto de lei que apresentou quando era vereador da capital e que previa o cultivo de alimentos orgânicos em lotes vagos. Foi vetado por Iris.

Segundo ele, a ideia era tratar de uma questão ambiental, mas com a “possibilidade de proprietários de vazios urbanos urbanizassem essas áreas e, ao invés de pagar ITU, que tem uma penalidade pela não função social da propriedade, pagassem a alíquota de IPTU.”

O candidato aponta que atualmente existem mais de 70 mil vazios urbanos em Goiânia. “Eles poderiam ter a produção de alimentos orgânicos, que é um tema discutido em sociedade, é moderno, e termos a inclusão de programas sociais fantásticos, como pessoas em situação de rua poderem desenvolver essa atividade.” Dessa forma, de acordo com ele, “seria possível conectar uma questão ambiental aos espaços vazios e também dar oportunidade a pessoas em situação de rua.”

Elias ressalta, entretanto, que seu plano de governo ainda está em construção. “Estamos fazendo do processo eleitoral um período de fomento e enriquecimento do nosso plano de governo. Queremos a participação efetiva da sociedade. Aliás, estive com o pessoal dos aplicativos que pediram algo simples: pontos de apoio para usar banheiro, tomar água. É bom usar aplicativos, mas essas pessoas precisam ter o mínimo de dignidade. É um exemplo de situação que estamos inserindo no plano de governo para atender aos interesses da sociedade”, afirma.

SAÚDE

No que diz respeito à saúde, área prioritária para os eleitores goianienses, como mostrou a pesquisa Serpes/O POPULAR, o plano de governo de Elias trata, em grande parte, da ampliação, melhoramento, fortalecimento, otimização ou modernização de programas ou ações que já existem. Sobre isso, o candidato afirma que o Sistema Único de Saúde (SUS) “é conhecido mundialmente como um sistema interessante.”

“A tragédia só não foi maior no Brasil por conta do SUS”, diz ao se referir à pandemia de Covid-19. “Agora, o que nós precisamos entender é que o SUS tem muitas deficiências, principalmente, em Goiânia. Há muito desperdício. Quando fui da Comissão Especial de Inquérito (na Câmara de Goiânia, em 2018) que investigou as irregularidades (na saúde), identificamos gastos de mais de R$ 80 mil com ambulâncias que não valiam R$ 50 mil porque eram uma sucata.”

O candidato também cita o caso dos equipamentos de raio-x identificado pela CEI. “Quando fomos ao almoxarifado, identificamos dez equipamentos de raio-x que estavam lá há dois anos, na caixa, enquanto a Prefeitura alugava equipamentos velhos gastando, nesse período, quase R$ 14 milhões. Isso mostra o quanto é gestão da saúde em Goiânia é ruim.”

Elias relata que seu plano para a saúde aborda também a ampliação da atenção básica que, segundo ele, em Goiânia, é muito ruim. “Mas tem também a questão de estabelecer metas. Não adianta a Constituição dizer que temos direito à saúde, mas a pessoa bate à porta da saúde pública e fica em fila de espera para fazer uma cirurgia eletiva que, efetivamente, nunca acontece. Por isso recorremos àquela lei aprovada na Câmara e que o prefeito não quis cumprir para estabelecer prazos para exames, cirurgias eletivas e consultas.”

A lei a que Elias se refere foi aprovada pelos vereadores em 2017 e vetada por Iris. O veto foi derrubado na Câmara e a Prefeitura recorreu à Justiça para o seu não cumprimento, sob a alegação de inconstitucionalidade. “Essa visão arcaica da saúde é desumana e burra”, diz. “Desumana porque não atende a pessoa da forma adequada e todos sabem que para qualquer doença há mais chances de cura quando tratada precocemente. E também é burra porque quando o tratamento demora, ele também fica mais caro.”

RETOMADA

Pensando na retomada da economia pós-pandemia de Covid-19, o candidato propõe a criação de um Conselho de Emergência formado por membros da sociedade civil organizada, da indústria, do comércio e de instituições de ensino e pesquisa. “Precisamos estar preparados para enfrentar os reflexos negativos da pandemia e a geração de renda é fundamental. O poder público tem que ser um parceiro disso”, afirma.

Segundo ele, a finalidade do conselho é “assistir a Prefeitura para garantir que haja resposta efetiva à geração de renda.” “Se uma empresa está com dificuldade de ser aberta por algum motivo, é preciso rever isso de forma emergencial. Isso passa a ser uma questão estratégica. Não adianta centralizar isso em apenas uma secretaria. É preciso ter uma visão global.”

Elias também defende parceria com o Sistema S, formado por entidades como Sesi, Sesc e Senai, para formação de mão de obra. “Momento de crise é quando se precisa qualificar. Então, vamos buscar uma parceria efetiva com o Sistema S, ao contrário do que o governo (federal) faz em que Paulo Guedes (ministro da Economia) vive atacando o Sistema S. Em Goiânia, queremos fortalecer esse sistema para ampliar as vagas de qualificação.”

Entre as propostas, o candidato também fala em desburocratização – “É um absurdo ter que percorrer várias estruturas públicas atrás de certidões e comprovantes, quando o que falta é comunicação entre as secretarias” – e em conceder incentivos fiscais tendo em vista a retomada da economia, além de “justiça fiscal.” “Quem pode mais contribui mais e quem pode menos, às vezes, nem contribui. É assim que temos que pensar.”

Questionado se a renúncia fiscal não deve prejudicar as receitas do Paço, Elias afirma que “a questão tributária não pode ter apenas uma lógica de arrecadação, mas de organização da cidade em que a Prefeitura vai deixar de arrecadar, mas vai também deixar de gastar, seja na questão da mobilidade, ambiental ou social.” “Às vezes a Prefeitura arrecada, mas a forma desorganizada que a cidade cresce acaba ficando muito caro para a própria arrecadação promover as medidas mitigadoras.”

De acordo com ele, os incentivos fiscais precisam estar vinculados a uma estratégia de gestão e cita como exemplo questões como interesse ambiental ou social. “E não para favorecer interesses econômicos, que é o que acontece no Brasil. Às vezes, a indústria tem um tipo de benefício que não traz um resultado que tem expressão social fundamental.”

ATUAL GESTÃO

A respeito da atual gestão, o candidato diz reconhecer “que o prefeito Iris Rezende é um prefeito que tem uma história e que precisa ser respeitado”, mas critica, por exemplo, “ele ter deixado tudo para o último ano, as obras, e depois trazer essa questão de fazer o financiamento por R$ 800 milhões para fazer recapeamento.” A Prefeitura pegou empréstimo de cerca de R$ 800 milhões da Caixa Econômica Federal, com autorização da Câmara, para a realização de obras na cidade. “Tenho restrições, mas reconheço que ele tem suas virtudes. Agora, Goiânia precisa avançar”, relata.

Questionado se essa postura mais leve em relação a Iris, o que tem se mostrado uma tendência entre os candidatos, não difere de seu comportamento como opositor, Elias afirma que não. “Quando o prefeito foi eleito, eu o elogiei muito e eu era oposição. Não tenho problema com isso. Agora, tenho críticas e não vou deixar de fazer. São pontuais.”

Para ele, o que não pode ser feito “é dizer que está tudo errado.” “É um equívoco, assim como dizer que Maguito não soube administrar Aparecida de Goiânia e Vanderlan, Senador Canedo”, diz em referência a seus adversários, Maguito Vilela (MDB) e Vanderlan Cardoso (PSD), que são ex-prefeitos das cidades vizinhas. “Eles têm as suas virtudes. Reconheço isso. Maguito conhece muito de Aparecida e Vanderlan, de Senador Canedo. Agora, quem foi 18 anos vereador em Goiânia e sabe onde estão os principais gargalos de Goiânia sou eu”, ironiza.

O CANDIDATO NAS REDES SOCIAIS


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