Alysson Lima

Alysson Lima

PARTIDO/Nº: Solidariedade /43
COLIGAÇÃO: CHAPA PURA
CARGO: Deputado estadual
VICE: José Augusto de Oliveira (SD)
IDADE: 45 ANOS
ONDE NASCEU: Londrina - PR
FORMAÇÃO: Marketing
OCUPAÇÃO: Deputado estadual e jornalista

BIOGRAFIA


Começou carreira como comunicador aos 15 anos em uma rádio em Porto Nacional, no Tocantins. Atuou na área em cinco Estados brasileiros. Chegou à Goiânia em 2009, quando foi convidado para trabalhar em uma rádio local. Também integrou equipe de uma televisão de Goiás. Foi suplente de vereador na eleição de 2008 pelo PV, em Palmas, no Tocantins. Em Goiás, foi eleito vereador por Goiânia em 2016 e deputado estadual em 2018.

EVOLUÇÃO DO PATRIMÔNIO


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ENTREVISTA

Em meio à disputa de sua terceira eleição em quatro anos, Alysson Lima (Solidariedade) diz que, se eleito prefeito de Goiânia, não deixará o mandato para disputar outro cargo em 2022. Eleito vereador em 2016, deixou o mandato quando venceu as eleições para deputado estadual em 2018 e, agora, entra na disputa pelo Paço. “Estou assumindo um compromisso claro, pela primeira vez: é zero a chance de deixar o mandato.”

Ele diz não ver como “imoral” o troca-troca de mandatos. “Não estou cometendo nenhum erro, em termos de ilegalidade ou imoralidade. Quem vai interpretar se é justo ou não, se é coerente ou não, é a sociedade”, afirma. Nesta segunda sabatina da série que o POPULAR realiza com os candidatos a prefeito da capital, Alysson não evita criticar a atual gestão e também comenta suas propostas em diversas áreas.

SAÚDE
Com problemas no cadastro de seu plano de governo no site de informações eleitorais mantido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – até o início da noite de ontem, apenas parte dele podia ser acessado –, Alysson diz que uma de suas prioridades, caso eleito, será a construção de um hospital municipal. “Goiânia é hoje a única capital do Brasil que não tem um hospital público municipal.”

Além do hospital, o candidato fala também em criar unidades móveis de atendimento à população. “Para atender os bairros periféricos da capital e desafogar as unidades de saúde, que estão super lotadas e não conseguem absorver a demanda da população. Serão instaladas em ônibus adaptados em consultórios médicos ou em caminhões. Não tem como contar só com as unidades de saúde regionalizadas porque as pessoas não têm como se deslocar para esses locais o tempo todo.”

Ele também critica a paralisação de reformas. “Atualmente a cidade tem uma gestão administrativa equivocada. Prioriza construir viadutos em locais sem lógica alguma, como na (Rua) 136 com a (Avenida) 90, jogando fora R$ 20 milhões. É preciso priorizar a atenção básica, finalizar os Cais que estão parados. Há cinco unidades de saúde referenciais paradas para a reforma durante a pandemia.”

OBRAS
De acordo com Alysson, caso seja eleito, pretende terminar as obras que não forem concluídas pela atual administração, não apenas na saúde. “Temos o compromisso claro em terminar as obras. Fui presidente da CPI das Obras Paradas (foi presidente da Comissão de Especial de Inquérito – CEI – das Obras Paradas na Câmara de Goiânia, quando era vereador; já deputado, foi membro da CPI criada na Assembleia Legislativa em 2019 para investigar o mesmo tema, mas não ocupou função específica), onde fizemos um diagnóstico terrível para a população de Goiânia.”

Ele aponta atraso na conclusão das obras. “As obras que estão sendo executadas têm o calendário atrasado e tudo dentro do velho conceito do superávit primário, que é muito ultrapassado. Não adianta fazer superávit primário durante três anos e depois vir com elenco de obras no final. Isso atrasa a cidade. Os tempos mudaram. Não dá para ter 40 obras estruturais paradas ao mesmo tempo.”

Como exemplo, ele cita o BRT Norte-Sul, que começou a ser construído em 2015, durante a gestão do ex-prefeito Paulo Garcia, e tinha previsão de entrega para o ano seguinte, mas que ainda não terminou. “A Prefeitura prometeu entregar o trecho entre o (Terminal) Isidória e o (Terminal) Recanto do Bosque do BRT neste ano, mas está praticamente impossível de ser concluído. Tem muito a ser feito ainda. Então, vamos terminar as obras, mas é claro que dentro de um planejamento. Não dá para ter obra de infraestrutura à revelia”, afirma o candidato.

MOBILIDADE
Questionado sobre a mobilidade urbana, Alysson fala em investir em ciclovias e ciclofaixas em corredores exclusivos ou preferenciais e critica a política existente para a área atualmente. “Mobilidade urbana, infelizmente, ficou a cargo apenas do consórcio RedeMob, que é das empresas que tocam o transporte coletivo (cinco concessionárias que operam o sistema).”

O candidato relata ter conversado com o governador Ronaldo Caiado (DEM) a respeito da necessidade de uma atuação do Estado no assunto. “Afirmou que não tem que se meter com transporte público e que isso é assunto do município. Já o prefeito (Iris Rezende, do MDB), e não quero desqualificar ninguém, considera o nosso transporte coletivo como um dos melhores do Brasil, o que sabemos que não é.”

De acordo com Alysson, proporcionalmente, a capital tem uma das “maiores frotas de veículos do Brasil”. “E é travada sem sincronização de semáforos ou semáforos inteligentes. Um ônibus transportando 400, 500 pessoas, como no Eixo Anhanguera, não pode ficar parado no semáforo em detrimento do veículo individual”, relata.

Apesar das críticas à gestão atual, porém, Alysson ressalta que “as conquistas históricas serão mantidas.” “Mas daremos um upgrade.”

TRANSPORTE
Como deputado, Alysson é autor de dois projetos de lei que regulamentam o uso de vans e micro-ônibus no transporte público: o primeiro o faz de maneira permanente; o segundo permite que vans escolares façam o transporte de passageiros apenas durante o período da pandemia de Covid-19, como uma forma de desafogar a frota atual criando menos aglomerações. Os dois estão parados na Assembleia Legislativa desde o primeiro semestre.

Questionado se pretende, caso seja eleito, permitir esse tipo de transporte complementar, ele diz que se mantém a favor da atuação das vans neste ano, de maneira emergencial. “Depois, teríamos o transporte complementar com micro-ônibus, acompanhando o movimento nacional. Todas as principais capitais têm o transporte complementar. Infelizmente, em Goiânia as empresas de ônibus detêm todo o monopólio do sistema: o controle da bilhetagem e o controle operacional. Nós vamos corrigir isso.”

Segundo ele, a prefeitura tem a responsabilidade sobre o transporte público, que também roda em cidades vizinhas. “E não está fazendo. A CMTC (Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos) recebe 2% do orçamento geral das empresas, por obrigatoriedade legal. Para onde vai esse dinheiro? A CMTC se tornou um órgão folclórico, não faz nada de operacional. Precisamos corrigir essas aberrações.”

O candidato também fala em buscar parcerias para a gestão do sistema, mas não descarta municipalizar o transporte. “Se os agentes envolvidos – governo do Estado e os municípios da região metropolitana – não quiserem assumir o transporte público de maneira compactuada, então, a Prefeitura de Goiânia pode romper o contrato e ter o transporte público municipalizado.”

A respeito de como isso será feito, ele explica que as empresas concessionárias contam com “benevolências” desde 2007. “Não quero que as empresas sejam excluídas do processo. Se quiserem continuar, serão convidadas a um pacto de interesse e à antecipação da licitação. Vamos antecipar de 2027 para agora e colocar novas regras que sejam boas para a sociedade e não apenas para os empresários.”

NOVAS SECRETARIAS
Em seu plano de governo, Alysson fala na criação de ao menos três novas secretarias na estrutura do Paço, caso seja eleito em novembro: a de Segurança Pública, a da Juventude, e a de Agricultura Comunitária. A respeito do peso fiscal de criar pastas, ele diz que pretende fazer uma reforma administrativa para reduzir o número atual de pastas a fim de comportar as novas estruturas. “São itens essenciais e, infelizmente, não temos.”

Ele aponta que existe desassistência à população jovem atualmente, o que justifica a criação de uma secretaria voltada à Juventude, e que é preciso “explorar melhor os arredores de Goiânia, as glebas de terra, as chácaras e tudo o mais”, justificando assim a criação de uma pasta para a agricultura familiar. “É só dar maquinário para essas famílias conseguirem produzir. Mais de 80% dos produtos do Ceasa vêm de fora de Goiânia, quando temos um potencial gigantesco aqui”, diz.

Sobre a Secretaria de Segurança Pública, Alysson relata que, apesar de essa ser uma competência estadual, “a prefeitura tem que assumir a sua responsabilidade e gerar segurança para o cidadão.” “O maior patrimônio que temos é o cidadão, não é o prédio público. Vamos colocar a Guarda Civil Metropolitana sob a coordenação da secretaria para cuidar da nossa sociedade e dar segurança por meio de drones e de uma central de captação de imagem.”

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