Maguito Vilela

Maguito Vilela

PARTIDO/Nº: MDB/15
COLIGAÇÃO: PMB/PTC/PATRIOTA/MDB/PL/Republicanos/PC do B 
CARGO: Não ocupa cargo público ou no MDB
VICE: Rogério Cruz (Republicanos)
IDADE: 71 ANOS
ONDE NASCEU: Jataí - GO
FORMAÇÃO: Direito
OCUPAÇÃO: Advogado e produtor rural

BIOGRAFIA


Iniciou a trajetória política em 1976, quando foi eleito vereador em Jataí. Foi eleito deputado estadual em 1982 e deputado federal em 1986. Quatro anos depois, em 1990, foi eleito vice-governador de Goiás, ao lado do então governador Iris Rezende (MDB). Ganhou a eleição para chefe do Executivo estadual em 1994. No ano de 1998, foi eleito senador da República por Goiás. Em 2007, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o nomeou vice-presidente de Governo do Banco do Brasil. Foi eleito prefeito de Aparecida de Goiânia em 2008 e 2012.

EVOLUÇÃO DO PATRIMÔNIO


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ENTREVISTA

Com um discurso de continuidade da gestão do prefeito Iris Rezende (MDB), o ex-governador e ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, Maguito Vilela (MDB), diz em sabatina do POPULAR que conta com apoio dos “seguidores” do emedebista, apesar de ele não entrar na campanha. O candidato também diz que pretende avançar no que foi feito por Iris em áreas como saúde e transporte coletivo.

SAÚDE

Como mostrou o POPULAR ontem, Maguito só cita a pandemia de Covid-19 duas vezes em seu plano de governo: uma para elogiar a atuação da Secretaria de Educação pela implantação do sistema remoto de ensino; e outra em que propõe um programa de monitoramento da aprendizagem dos alunos no pós-pandemia.

Questionado se espera que a atual gestão lide com as repercussões da pandemia já neste ano, cabendo ao prefeito eleito apenas equilibrar o que foi feito, ou se pretende implantar ações mais fortes para contornar os problemas, caso eleito, Maguito relata preocupação com o pós-pandemia. “Porque vamos ter muitos problemas sociais e também com a economia.”

O candidato afirma que se reuniu “com todas as entidades filantrópicas” para conversar sobre como será feito esse trabalho, “visto que muita gente vai ficar desempregada e até mesmo sem alimentação.” “Temos que nos preparar para esse período.”

Maguito ainda diz que “não faria nada diferente” do que a atual gestão fez no combate à Covid-19. “Atualmente, Iris está fazendo o possível: transformou a maternidade Célia Câmara em Hospital de Campanha e fez todo o possível para dar um bom atendimento.”

O emedebista, porém, ressalta: “É lógico que a pandemia está nos mostrando que precisamos melhorar muito o sistema de saúde das nossas cidades, do Estado e da União. Saúde é o que há de mais importante na vida de qualquer cidadão.”

Ele propõe, por exemplo, a criação de um hospital municipal. “É importante que cada cidade tenha o seu hospital. Sei que temos alguns hospitais particulares ociosos e a Prefeitura pode até fazer parecerias com a iniciativa privada, inclusive, para a implantação dessa unidade, que é necessária.”

Maguito cita também a possível implantação do prontuário eletrônico como uma medida para “melhorar a qualidade de vida.” “O cidadão vai ao posto de saúde e o médico, com o prontuário eletrônico, sabe quais os remédios toma ou quais cirurgias fez. Ele vai diminuir o sofrimento e os gastos.”

Segundo o candidato, outras questões a serem implantadas são o aumento das unidades do programa de saúde da família, unidades móveis nas escolas e aumento da prevenção contra a mortalidade infantil. “Fazer prevenção nas escolas para atender os estudantes tanto na parte médica quanto odontológica. E também pretendemos exigir que as mães façam pelo menos de oito a dez consultas pré-natais.”

O projeto, afirma o emedebista, é dar continuidade ao que fez a atual gestão, mas “aperfeiçoando e usando mais tecnologia.” “Tudo isso se preparando para eventuais novas pandemias que possam surgir no futuro. Temos que estar bem estruturados.”

CONTINUIDADE

Maguito tem adotado o discurso de continuidade da atual gestão numa tentativa de capitalizar a boa aprovação de Iris, embora o prefeito tenha repetido que não entrará na campanha para apoiar ninguém. Apesar disso, o candidato diz que tem o apoio de “95% a 98% dos seguidores de Iris Rezende” e acredita que conseguirá convencer o eleitor dessa continuidade.

De acordo com ele, as obras que estão sendo feitas na cidade podem ser creditadas ao MDB. “O eleitor é inteligente e sabe discernir as coisas. Ele sabe que tenho 42 anos de estrada política ao lado de Iris. Então, o eleitor já entendeu que o único candidato que tem experiência e que pode dar seguimento às obras de Iris sou eu.”

O emedebista ressalta que se propôs a ser candidato para “dar continuidade” à gestão de Iris e sua equipe, que segundo ele “vai continuar atuando junto à prefeitura e ao MDB.” “São pouquíssimas as mudanças que vão acontecer. Nem as máquinas vão ser desligadas. Vão continuar o trabalho normalmente. Vamos concluir aquelas obras que porventura não forem entregues, porque obra parada é um desastre.”

Questionado se o não apoio de Iris a ele neste ano pode ser pelo receio de se arrepender depois, como ocorreu com o ex-prefeito Paulo Garcia (Iris tem repetido que voltou à Prefeitura em 2016 para “consertar a casa”), Maguito acredita que não. “Acho que receio ele não tem porque, quando o sucedi no governo (1995-1998), honrei e dignifiquei o nome dele. Ele sabe que fiz uma gestão em Aparecida de Goiânia que fez a cidade dar um salto de qualidade muito grande.”

A respeito da atuação de aliados do governador Ronaldo Caiado (DEM), que apoia a candidatura do senador Vanderlan Cardoso (PSD), para tentar anular um possível apoio maciço de secretários iristas à sua candidatura, Maguito diz: “Não é novidade. Ele (Vanderlan) já procurou o (ex-governador) Alcides Rodrigues, o (ex-governador) Marconi Perillo, e agora recentemente o Ronaldo Caiado. Ele é que vive procurando apoio de todo mundo. Eu não. Só quero o apoio do meu partido, dos que estão aliançados comigo, do povo e dos que querem me apoiar. Não fico à sombra de governo. Tenho luz própria e sei fazer a gestão de uma cidade”.

ATRASO

Em 2016, Iris assumiu a proposta de Vanderlan, que perdeu para o emedebista no segundo turno daquele ano, de construir subprefeituras em Goiânia e o assunto acabou dominando aquele pleito, mas não foi cumprido. Perguntado se concorda com a questão, que retorna à pauta agora, Maguito é enfático ao dizer que não. “Ao invés de construir subprefeituras, vamos construir o hospital municipal, mais unidades de saúde e escolares. Subprefeituras vão resolver o quê? Isso é atraso.”

Para o candidato, uma melhor solução seria o uso de tecnologias. “Hoje temos a cidade na palma da mão. Com o celular é possível detectar todos os problemas que existem na cidade. Um líder de bairro pode dizer qual o buraco que tem em uma rua, ou um cidadão pode informar que o caminhão de lixo não passou na sua rua. Vamos conectar a cidade com a Prefeitura e, aí sim, resolver os problemas de uma forma moderna, eficiente.”

Sobre o estilo de gestão, o candidato afirma ter um estilo diferente do de Iris, que centraliza as decisões, mas não critica a forma adotada pelo atual prefeito. “Iris é um gestor perfeito e um grande político. Agora, cada um tem um estilo. Nem os dedos das mãos são iguais. Ele está certo em centralizar, e eu em descentralizar. Eu dou autonomia para todo mundo desenvolver o seu trabalho, mas fiscalizo e exijo. É uma forma de fazer gestão e tem dado certo: para ele, em todos os lugares por onde passou; e para mim, modéstia à parte.”

TRANSPORTE COLETIVO

Um dos problemas mais longevos da capital, o transporte público passou por três mandatos e meio de Iris sem uma política efetiva voltada para a questão, apesar de o emedebista ter prometido na campanha à Prefeitura de 2004 resolver o problema do transporte em seis meses, promessa que voltou a ser repetida durante a campanha ao governo do Estado em 2010, pleito vencido por Marconi Perillo (PSDB).

Sobre isso, Maguito relata que é um “problema do Brasil todo.” “Não existe uma cidade em que o transporte coletivo esteja atendendo à altura. A última cidade em que (o serviço) ainda era mais ou menos era Curitiba, mas que já degringolou, muito em função da pandemia. É um problema seriíssimo, mas estou disposto a liderar um processo, chamando a responsabilidade do Estado e das empresas e cidades da região metropolitana.”

Esse processo, de acordo com ele, seria para “atenuar, melhorar esse sistema de transporte.” Não vou dizer que vou resolver. É muito difícil resolver esse problema em tão pouco tempo, visto que se arrasta há muitos e muitos anos. O prefeito Iris melhorou muito, mas ainda precisa fazer mais.”

Para o candidato, obras como o BRT Norte-Sul, que não será concluído nesta gestão, e a extensão da Avenida Leste-Oeste são obras de melhoria do transporte público. “Quando se melhora a mobilidade do transporte individual, também ajuda a melhorar o transporte coletivo.”

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