Gustavo Gayer

Gustavo Gayer

PARTIDO/Nº: DC/27
COLIGAÇÃO: Chapa pura 
CARGO: Não tem cargo público ou no partido
VICE: : Alexandre Magalhães (DC)
IDADE: 39 ANOS
ONDE NASCEU: Goiânia – GO
FORMAÇÃO: Ensino superior incompleto
OCUPAÇÃO: Empresário

BIOGRAFIA


Filho da falecida ex-deputada estadual Conceição Gayer, Gustavo é professor de inglês há mais de 20 anos. É empresário e tem canal no YouTube chamado "Papo Conservador com Gustavo Gayer". Esta é a primeira eleição do candidato.

EVOLUÇÃO DO PATRIMÔNIO


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ENTREVISTA


Com foco em parcerias público-privadas para todas as áreas da Prefeitura, da saúde à mobilidade urbana, o candidato a prefeito Gustavo Gayer (DC) afirma que pretende implantar programas para socorrer empresas em dificuldades devido à pandemia de Covid-19. Nesta sabatina ao POPULAR, ele diz ainda que acredita no enxugamento da máquina pública e no sistema de meritocracia.

SAÚDE

Área prioritária na eleição deste ano, devido à pandemia de Covid-19, a saúde deve ter parcerias público-privadas, caso Gustavo seja eleito. “A gestão na área da saúde tem que ser reinventada. Temos que otimizar e levar uma gestão profissional, do ponto de vista da iniciativa privada para desperdiçar menos recursos e para dar mais resultados”, diz.

Segundo ele, seria possível usar “hospitais particulares em horários de baixa demanda para absorver uma parte da fila de espera”, além de defender a criação de um trabalho conjunto entre Prefeitura e governo do Estado no que diz respeito aos pacientes que chegam à capital vindos do interior. “A secretaria de Saúde de Goiânia acaba tendo que absorver pessoas do interior. O que quero fazer é um sistema híbrido com uma parte da equipe municipal e uma parte da secretaria estadual, já que essas pessoas sempre vão para hospitais estaduais. Isso vai desafogar um pouco a gestão, que vai poder trabalhar com mais eficiência.”

NEGACIONISMO

Gustavo é apoiador do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que costuma adotar uma postura negacionista em relação à pandemia da Covid-19, vírus que já chegou a classificar como uma “gripezinha”, apesar de a doença já ter causado a morte de quase 150 mil pessoas no Brasil. Questionado se pode adotar uma postura semelhante à do presidente, caso eleito, o candidato afirma que “negacionista” é uma palavra que não pode ser usada.

Segundo ele, não houve negacionismo, mas “realismo.” “É a percepção de que as pessoas precisam trabalhar para comprar comida e sobreviver; de que não poderia ser uma luta exclusivamente no front da saúde, mas de que era preciso ter uma preocupação também com a economia. Negacionismo seria dizer que as pessoas não precisam comer.”

Gustavo relata também que vai combater o que chama de “politização da saúde” e que pretende adotar o uso de tratamento precoce contra a Covid-19, apesar de ainda não haver comprovação científica do uso de medicamentos no tratamento à doença. “As mesmas pessoas que adoram usar essas palavras agora negam o fato de o tratamento precoce ter trazido resultados exemplares em vários países e em cidades do próprio Brasil, como Porto Feliz, que virou um caso icônico. Então, adotaria de imediato o tratamento precoce.”

Reportagem do UOL mostrou, em maio, que a prefeitura de Porto Feliz, cidade no interior paulista de pouco mais de 53 mil habitantes, gastou R$ 100 mil na criação de um “kit covid-19” entregue a pacientes em estágio inicial dos sintomas do novo coronavírus. O prefeito da cidade, Cássio Prado (PTB), é médico e adotou o tratamento precoce logo no início da pandemia.

Entre os medicamentos do “kit” ofertado pela prefeitura estavam: Hidroxicloroquina, Azitromicina, Celecoxibe e Metroclopramida. Nenhum deles tem eficácia comprovada contra a doença.

Dados do Ministério da Saúde extraídos no início da tarde de ontem mostram que o número de casos acumulados na cidade é de 1.158. Até ontem, Porto Feliz registrou 13 óbitos pela Covid-19, número próximo do de cidades limítrofes e de porte parecido, como Boituva (18).

A respeito da não comprovação científica dos medicamentos no combate à Covid-19, Gustavo diz que “a China, que foi usada como bandeira do que se deve fazer por parte da ciência brasileira e da imprensa, admitiu que usa o tratamento da hidroxicloroquina desde o início.”

Reportagem do jornal South China Morning Post em agosto mostra, contudo, que a Comissão Nacional de Saúde da China revisou os protocolos de tratamento da Covid-19 recomendando o uso da cloroquina, e não da hidroxicloroquina, e ressaltando que “não há antivirais efetivos confirmados por estudos duplo-cego e controlado por placebo”, apesar de algumas drogas demonstrarem “certo grau de eficácia para o tratamento em estudos de observação clínica.”

O candidato continua sua fala afirmando que “ninguém tem uma afirmação conclusiva sobre o que está acontecendo.” “O que temos é a capacidade de observar.” Ele diz também que tem conversado com cientistas e cita, entre os nomes, a médica oncologista e imunologista Nise Yamaguchi, que chegou a ser cotada para o Ministério da Saúde e é defensora do uso da cloroquina contra a Covid-19. “O que a gente pretende fazer é testar. Isso não está sendo nem permitido, porque politizaram a ciência.”

ECONOMIA

Crítico das medidas de isolamento social adotadas em Goiânia e em Goiás contra a Covid-19, Gustavo afirma que a Prefeitura deve dar o “pontapé inicial para que as pessoas possam recuperar o que perderam.” “Teríamos que focar nas empresas que acabaram de fechar ou que estão prestes a fechar.”

De acordo com ele, a Prefeitura sob sua gestão pretende criar uma linha de crédito, em parceria com os governos estadual e federal, para beneficiar empresas em dificuldade. “É através disso que vamos conseguir a recuperação da nossa economia, antes de pensar em polo industrial, mas que é um investimento em longo prazo. Temos que pensar em resgatar a vida de quem foi prejudicado em 2020.”

Ele também não descarta isenção fiscal para essas empresas. “Foram as pequenas empresas, os microempreendedores que sofreram mais. São aquelas pessoas que não têm fôlego financeiro para ficar dois, três meses de portas fechadas. A atenção inicial será nessas pessoas.”

Gustavo também propõe a possibilidade de devedores de impostos pagarem os débitos com outros serviços, por exemplo, oferecendo bolsas de estudo. Questionado sobre o impacto que isso pode ter na arrecadação da Prefeitura, o candidato explica que, se as empresas fecharem, a arrecadação zera. “Então, tiro o peso dessas empresas e transformo isso em benfeitoria para a nossa cidade. Isso pode contribuir para que a empresa não feche.”

O candidato cita como exemplo escolas particulares de ensino infantil. “Muitas estão fechando as portas porque não conseguem oferecer o curso online. São crianças que não têm essa capacidade ainda de ficar horas em frente a um computador. Poderíamos pegar a dívida dessas escolas e oferecer a opção de eles absorverem parte dos alunos da rede pública.”

Para ele, isso é importante devido ao alto número de desempregados. “Pais e mães que perderam seus empregos e foram obrigados a tirar seus filhos das escolas, e que vão tentar colocá-los na rede pública. Não vai ter vaga. Então, podemos criar parcerias com essas escolas. Isso ajuda todo mundo.”

SOCIAL

A respeito de uma possível presença mais forte do Poder Público em auxílio às pessoas que passam por maior dificuldade, na retomada da pandemia, Gustavo relata que “programas sociais são sempre bem-vindos.” “Porque sabemos que na sociedade existe um extrato de pessoas que realmente são desprivilegiadas e que, se não houver algum auxílio, elas sofreriam gravemente com isso. O que não concordo é quando se usa isso como carro-chefe, como tem sido feito em vários momentos de nosso País.”

O candidato defende que as pessoas precisam “ter a liberdade para escolher” e diz que “essa liberdade se dá através do poder aquisitivo.” “E isso se dá através da liberdade econômica. Diminuindo o tamanho do Estado, exatamente para fomentar mais empresas, as pessoas possam ganhar mais dinheiro e, a partir disso, escolherem qual hospital procurar atendimento ou se terá plano de saúde. É essa a minha intenção.”

INFRAESTRUTURA

O candidato propõe mudanças para autorização de novos loteamentos em Goiânia. “Suponhamos que a pessoa apresenta um projeto de loteamento em área que até então era rural e mostra conexão com as principais vias de acesso. Atualmente, a empresa que constrói o loteamento é obrigada a dar à Prefeitura 15% de área não construída. Ao invés disso seria passado 5% de área construída e seria analisado o que aquela região precisa: escola municipal, de um Cais? Avaliaríamos e a construtora entregaria a estrutura já pronta. Dessa forma, poderíamos expandir a cidade de forma organizada.”

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